Aparelho para ronco: entenda quando é necessário
Como estão suas noites de sono? Tem se sentido constantemente cansado durante o dia? Algum familiar reclamou recentemente sobre roncos noturnos?
Se alguma das perguntas acima te despertou curiosidade, é importante que você saiba identificar possíveis sinais do ronco ou sintomas da apneia obstrutiva do sono e procure um especialista para poder ter um diagnóstico assertivo, afinal, dormir bem é fundamental para a saúde.
Confira cinco curiosidades e dicas sobre o ronco, a apneia e o sono em nosso artigo.
1 – RONCO E APNEIA NEM SEMPRE SÃO O MESMO DIAGNÓSTICO
Primeiro, é importante você saber que o ronco e a apneia são semelhantes, mas podem ter características, causas e tratamentos diferentes.
O ronco é a emissão de barulhos noturnos devido a dificuldade de respirar por motivos específicos, como dormir de barriga para cima, consumo de bebidas alcoólicas, o uso de relaxantes musculares para dormir, queixo retroposicionado (para trás), alergias respiratórias, como sinusite e rinite, gripes ou problemas nasais.
Você pode roncar e não ter apneia do sono. Estes sinais nem sempre estão associados, por isso a necessidade de um diagnóstico preciso para a conduta ideal de tratamento.
Apesar de sempre exigir cuidados, o ronco deve ser um sintoma passageiro.
Enquanto isso, a apneia é identificada pelo bloqueio total das vias respiratórias durante o sono, causando roncos altos, constantes e até sustos durante a noite.
2 – OS SINTOMAS DA APNEIA PODEM DURAR MAIS TEMPO DO QUE VOCÊ GOSTARIA
Em estudo desenvolvido pela Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, com aproximadamente três mil entrevistados, cerca de 10% apresentaram sintomas da apneia do sono e outra grande porcentagem apenas soube da incidência da síndrome devido ao depoimento de parceiros ou familiares.
Isso porque é comum que pacientes não percebam a ocorrência de roncos ou paradas respiratórias durante a noite, que podem durar de vinte segundos a dois minutos.
Mesmo quando não há ocorrência de reclamações, alguns sintomas a médio e longo prazo podem indicar a apneia:
- boca seca durante a noite de sono ou manhã;
- dificuldade de concentração;
- dor de cabeça;
- falta de atenção;
- irritabilidade;
- sufocamento noturno.
3 – O DIAGNÓSTICO E O TRATAMENTO CORRETO DA APNEIA PODEM MOSTRAR RESULTADOS POSITIVOS DESDE O INÍCIO
É necessário a avaliação de um médico que poderá relacionar queixas e sintomas, além de questionários que podem auxiliar em algumas suspeitas, podendo ter o diagnóstico definitivo pelo exame de polissonografia noturna.
Para casos leves de ronco ou apneia, algumas medidas podem bastar para o tratamento, como dormir de lado, perder ou manter o peso adequado, praticar atividades físicas, evitar o consumo de cigarros e bebidas alcoólicas ou tratar de alergias ou bruxismo. Porém, casos moderados e graves podem precisar de outros tratamentos como a utilização de placas intra orais ou até CPAP.
O CPAP é o aparelho de pressão positiva de ar nas vias respiratórias. Em explicação literal, através de uma máscara, ele enviará uma corrente de ar constante até seu nariz e/ou garganta, que permitirá a livre respiração enquanto você dorme.
A expectativa é que, com a utilização e aderência ao tratamento com CPAP, seu sono melhore logo nas primeiras semanas. A redução dos sintomas poderá ser percebida com a recuperação da energia durante o dia, redução da irritabilidade.
O importante é examinar, descobrir e tratar!
4 – QUANDO E COMO UTILIZAR O CPAP?
Após o diagnóstico da apneia obstrutiva do sono, e a indicação do uso do CPAP para o tratamento, o primeiro passo é buscar um especialista do sono para encontrar o aparelho ideal.
O aparelho dependerá de características do seu tratamento e orçamento disponível. Você também poderá escolher entre alugar ou comprar o CPAP, mas lembre-se: a aquisição só é permitida com encaminhamento médico.
O especialista em apneia do sono irá te auxiliar em todos os passos, desde a escolha do aparelho e acessórios, até a manutenção do tratamento, bem como adaptação à máscara e coleta de dados armazenados na memória.
No início o tratamento pode ser um pouco incômodo, o que é normal, considerando que você não estará acostumado a utilizar uma máscara durante o sono. Para amenizar qualquer dificuldade, faça uma análise junto do especialista sobre a máscara ideal para você.
Os métodos de adaptação mais recomendados são a utilização durante alguns momentos mais tranquilos do dia ou a utilização em períodos mínimos de 4 horas noturnas inicialmente.
5 – ROTINAS DE SONO VÃO TE AJUDAR DURANTE TODA A VIDA
Pense na “hora de dormir” como um momento seu, ideal para praticar a higiene do sono, que consiste em separar a hora de dormir apenas para dormir.
Cerca de duas a três horas antes de ir para a cama, reduza as luzes em casa, procure desligar televisores, computadores ou celulares e utilize seu quarto apenas para dormir.
Outras dicas importantes são manter horários fixos para atividades diárias, não comer alimentos “pesados” ou energéticos (como café, chá preto e energéticos) e praticar exercícios pela manhã ou tarde, para que o corpo possa descansar antes de dormir.
Se você não conseguir dormir ou acordar durante a noite, não fique na cama. Levante-se, procure fazer alguma atividade relaxante, como ler um livro, e volte para o quarto após trinta minutos. Pense em situações positivas da vida e de seu dia a dia. Isso também ajudará a reduzir o estresse e ansiedade.
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Agora que você já sabe um pouco mais sobre o ronco, a apneia e como buscar o melhor tratamento, procure o melhor especialista do sono para seu caso.
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