10 de agosto de 2021

A apneia obstrutiva do sono afeta cerca de 900 milhões de pessoas no mundo

A apneia obstrutiva do sono é uma doença que conta com diversos estudos sobre as suas causas e consequências para a saúde, mas, há mais de uma década não havia uma atualização sobre a incidência dessa patologia.

Recentemente, isso mudou. Houve uma pesquisa para estimar a prevalência dessa doença, não apenas considerando os pacientes que contam com o diagnóstico, mas todos aqueles que sofrem dessa condição e, muitas vezes, não sabem disso.

Esse estudo foi publicado na maior revista da área respiratória do mundo, a The Lancet Respiratory Medicine, e trouxe a informação de que mais de 900 milhões de pessoas sofrem de apneia obstrutiva do sono.

Continue lendo para saber mais dessa pesquisa e tirar suas dúvidas sobre a doença.

O que é a apneia obstrutiva do sono?

Antes de falarmos sobre a incidência da apneia obstrutiva do sono é importante entender mais sobre ela. Esse distúrbio é caracterizado por pequenas paradas na respiração durante o sono. Isso ocorre quando há o relaxamento dos tecidos da língua e da faringe, o que faz com que esse espaço diminua ou feche completamente, limitando a quantidade de ar que chega até os pulmões e, consequentemente, diminuindo a oxigenação dos órgãos por um tempo limitado.

Normalmente, durante essas paradas de respiração, o paciente faz barulhos altos, como o ronco ou ruídos sufocantes. Esse processo pode se repetir diversas vezes durante a noite e a quantidade dele definirá a gravidade da doença. Quando os tecidos relaxam e ocorre a diminuição do fluxo respiratório, é normal que o paciente acorde.

O paciente acorda poucos segundos e logo volta a dormir, mas isso faz com que apareçam sintomas durante o dia, como:

  • sonolência extrema;
  • cansaço;
  • falta de concentração;
  • dores de cabeça após acordar;
  • irritabilidade; 
  • desconforto e
  • perda de memória.

Saiba mais sobre o estudo

Agora que você já sabe mais sobre essa doença, podemos falar sobre o estudo publicado na The Lancet Respiratory Medicine que analisou a quantidade de pessoas afetadas pela apneia obstrutiva do sono.

Antes da publicação dessa pesquisa, havia apenas a estimativa da Organização Mundial da Saúde, realizada em 2007, que apontava para 100 milhões de pessoas com essa patologia. Na realidade, esse número é quase 10 vezes maior, o que mostra a importância de mais gente saber sobre essa doença e assim buscar o tratamento adequado.

Para chegar em 900 milhões, os pesquisadores utilizaram algoritmos avançados e buscaram estudos de diferentes países, generalizando informações de locais com características geográficas e demográficas similares.

Como resultado, foi estimado que mais de 936 milhões de adultos, entre 30 e 69 anos, têm apneia obstrutiva do sono leve ou grave. Desses, 425 milhões estão no grau moderado a severo. Vale ressaltar que o Brasil tem a terceira população com mais afetados no mundo, perdendo apenas para a China e para os Estados Unidos.

É importante frisar que, segundo um dos autores, mais de 85% dos pacientes com essa doença não são diagnosticados, mesmo essa patologia contando com diversos riscos para a saúde, como:

  • cansaço extremo;
  • hipertensão;
  • doenças cardiovasculares e
  • dificuldade no controle da glicose.

Como é feito o diagnóstico da apneia obstrutiva do sono?

Por ser uma doença caracterizada pela interrupção ou diminuição do fluxo respiratório enquanto se dorme, o diagnóstico é feito estudando o sono do paciente e contado a quantidade de episódios que ele tem em uma noite.

Para isso, utilizam-se sensores e eletrodos colocados no couro cabeludo e no corpo do paciente. Os aparelhos, então, conseguem identificar as paradas respiratórias e trazem detalhes sobre o sono, os períodos em que se acorda e sua qualidade. 

Com a quantidade exata de episódios é possível classificar a doença entre leve, moderado ou grave. Além desse exame, chamado de polissonografia, também são feitas outras checagens, como:

Como é feito o tratamento dessa doença?

O tratamento da apneia obstrutiva do sono é essencial para todos que desejam ter mais qualidade de vida e evitar as possíveis complicações. O tipo de tratamento será indicado pelo médico especialista de acordo com a gravidade da apneia, sendo o padrão ouro para tratamento da apneia grave do sono o uso de pressão positiva contínua.

Deve-se mudar os hábitos e iniciar a terapia respiratória, realizada com um aparelho que garante a pressão necessária para o fluxo de ar, desse modo, as vias respiratórias não diminuem e nem fecham.

Em relação à mudança comportamental, a Associação Brasileira do Sono recomenda:

  • evitar álcool ou medicamentos sedativos antes de dormir;
  • parar de fumar;
  • evitar a privação do sono;
  • realizar exercícios físicos e
  • perder peso, caso haja excesso.

Já para o uso de aparelhos, chamados de CPAP ou BiPAP, é preciso conversar com um médico especializado para saber mais sobre essa opção e conferir se ela é indicada para seu caso.

Se você tiver mais dúvidas sobre a apneia obstrutiva do sono e o seu tratamento, entre em contato conosco. Ficaremos felizes em auxiliar você a ter mais qualidade de vida e saúde.

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